quarta-feira, 25 de março de 2009

canção pra você viver mais ;*


Queria eu, tal como Brás Cubas, fazer o balanço da minha vida, pós-morte. Porém, nem eu nem ninguém tem esse poder de ser onisciente e ainda assim não mudar o destino das pessoas a partir de seus próprios interesses. Os dias que têm se passado não foram dos melhores, também não foram dos piores. Foram dias estranhos, onde não se sabia se doía, ou se sorria, se chorava, ou se guardava, se morria, ou se vivia. Dias que o destino frio, cruel, gélido, não nos deixa criar opções como as que acabo de criar. A morte é algo inevitável, porém trágico e doloroso. Morte nem sempre significou o fim de tudo, pode ser e é, o encerramento de um dos ciclos da vida. Mas só quem convive com ela, vê o quanto é dura, implacável, e muitas vezes ininteligível. Diferente do vento, da brisa, do poder Divino, além de a sentirmos, podemos vê-la; e talvez essa visão seja o mais triste. Ver o que antes era misto de vida, e simpatia ou ódio para muitos, agora inanimado, quieto, silencioso. E há horas, em que entre ser feito "de silêncio e som", o silêncio é sempre discriminado, pois é dele que insurgem-se as lágrimas, como metralhadoras; ou dele que se ocultam as lágrimas, e se faz um nó na garganta. Morte que nem o poeta conseguiu descrever, que só metaforicamente falando, pôde-se criar um efeito parecido. A morte é senão, uma metáfora, é como se fosse, é maior que, menor que, é incomparável a.

Entretanto, lembranças de uma vida inteira, sempre vão permanecer. E como diria Milton Nascimento... " As canções em nossa memória vão ficar, profundas raízes vão crescer... A luz das pessoas me faz crer, e eu sinto que vamos juntos..."


26 de Março de 2009

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