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Engraçado é como a vida passa, e a gente acha que cresceu. Salvo as pequenas excessões que vêm e derrubam a nossa tese. Hoje eu derrubei em parte a minha tese do crescimento bovino: agi como uma criança de dois anos que chora por que seu coleguinha ganhou um doce, e você não.

Você que tá lendo, deve estar sem entender, então vou começar por uma parte do começo.

Lembram-se do bendito concurso de Redação? Pois a ansiedade que eu "quase não senti" não valeu tanto assim, visto que eu não venci. Na hora que me deram o resultado, (detalhe: a minha própria concorrente me colocou a par de tudo) eu fiquei: sim, e a pegadinha do Malandro fica aonde? Mas depois a ficha foi caindo. E eu percebi: cara, eu perdi. HUNF!

De vez em quando bate um lado orgulho mix (típico de uma Vaca, mesmo). E a minha primeira reação não foi parabenizar a vencedora - aliás, nem lembro a minha primeira reação, pra falar a verdade.

Depois de alguns minutos que eu havia me retirado da presença da Ruiva ao Acaso (a ganhadora do concurso), que eu percebi o quanto eu havia sido insensível. E voltei pra dar os parabéns. Mas aquele parabéns ainda não era o verdadeiro - foi um abraço estilo Flora ("oi, to te abraçando e vou rancar suas víceras MUAHAHA / brincadeira nany!) . Não era falsa, mas ainda era triste, digamos que 75% verdadeiro...

Contudo, após uma tarde bastante reflexiva, lembrei-me que para que um vença, é necessário que um perca e vice-versa - e que ganhar o tempo todo não é sempre essencial, e sim tirar proveito mesmo dos nossos desacertos. Percebi que estava agindo mesmo como um criança por volta dos dois anos de idade, e eu sei que no fundo no fundo, há uma Vaca solidária e não tão monstruosa como imagina-se, e dei um parabéns, creio eu, com 150% de verdade, dessa vez.

E tem gente que ainda diz que vacas não se regeneram =x