domingo, 4 de julho de 2010

Lucidez

Tenho sono e apenas não consigo dormir. Afinal, já perdi a noção da hora e o meu espaço entre quatro paredes não parece ter fim: ele é vasto, tênue, e os fantasmas da infância ainda insistem em me assustar. Assim como quem nada pretende, invadem minha alma e fazem do meu coração um galopar inconstante. E nem o visível, tampouco o invisível conseguem preencher o meu espectro descontínuo.

Há alguns anos atrás, achei que os sonhos serviam para preencher os vazios, contudo, quanto mais utopizo, maiores e mais constantes são as lacunas do meu paradoxo.
É risível a minha sina, não posso negar.
Ter tantos sonhos, imagens retorcidas e pensamentos... E sem ao menos algo real pra poder tocar. Faço dos sonhos um vale de lágrimas? Não. Poderia fazer deles um vale de lágrimas, ou abandoná-los na montanha dos meus esquecimentos, no entanto, apenas discordo do teorema da felicidade. "Felizes são aqueles que sonham". Mas como ser feliz quando os seus sonhos transformam-se em pequenas sessões de tortura e masoquismo gratuito?
Eu viro para o lado, fecho os olhos, numa forma vã de expelir tudo isso à força. Tento. Tento, e falho. Talvez eu seja frágil, ou simplesmente tão mesquinho como o tamanho da minha vida: pequena, maciça, porém, pesada e disforme.



Felipe Sampaio e Karol Freitas (eu, a Vaca).

Produto de uma conversa no emiéssiene. Agora durma com um barulho desses!

3 comentários:

Thaís Marinho disse...

eu num intindi o ki êli falô. rsrs brinks -q tá massa *o* tortuosos sonhos... rs. :***

Felipe. disse...

fizemos um monstrinho qrol *__*

shauhsuahsuhahsa

Bjaum

Jay disse...

Haha!Parabens Karolzinhaaa!
Seu blog é show!=)
bjeinhos