quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Um Poço de Sensibilidade

Se raiva matasse, hoje seria minha missa de sétimo dia.

Meu único desejo era desabafar isso, devido a uma traição que eu REALMENTE não esperava. Mas nada como um dia após o outro.

Além dos problemas básicos (que nunca são poucos), só agora caiu a ficha de que um dos professores de História que eu mais gostava, Edmundo Franco, faleceu.
Não sei porque é tão difícil (pelo menos pra mim) aceitar que alguém "morreu e pronto". E tudo é tão rápido! Morre anteontem, enterra ontem, morre hoje, enterra hoje. E as coisas parecem fáceis quando nos restringimos apenas a um corpo inanimado. Na verdade, duvido muito que as pessoas morram, de fato, acho difícil que toda energia se dissipe assim... do nada! (Ok, deixarei minhas crenças para outra hora). Esquecendo detalhes da vida após a morte; sei que ideologias, frases marcantes, e até um jeito peculiar ficam pra sempre. E com ele não foi diferente. É praticamente impossível esquecer o sujeito sisudo e que eu morria de medo na primeira semana de aula, ainda mais do inesperado - saber que por dentro daquele "homem de ferro", que tanto maldizia ACM (HAHAHA) que se dizia ateu, havia tanta fé, meiguice, carinho, e uma vontade absurda de passar todo seu conhecimento pra nós, que ele dizia ser "o futuro do país".
Espero que eu seja, como ele um dia me desejou, alguém que possa mudar alguma coisa (pensei na piadinha absurda do "nem que seja os móveis de lugar") nesse país de um futuro que nunca chega. Que ele fique em Paz e longe de ACM.

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